sexta-feira, 24 de maio de 2013

Alfabetização

E, claro, não poderíamos deixar de falar nesse assunto tão importante, e no caso de Guiné-Bissau, tão triste...

A educação para todos, programa do governo no qual disponibiliza a população o ensino primário gratuito só foi instituído em 2001, porém mesmo assim Guiné-Bissau passa por períodos difíceis. A falta de infraestrutura e de profissionais qualificados leva a mais de 45% das crianças em idade escolar, não estarem cursando o ensino fundamental, aumentando o índice de analfabetos do país.
Segundo notícia do site Voz da América, as aulas estão paralisadas porque os professores não comparecem e os que comparecem não são suficientes para suprir a demanda de aulas, isso porque não estão sendo pagos a cinco meses, correndo o risco de assim as crianças perderem o seu ano letivo.
Já o ensino médio é ainda pior, estima-se que de 1.000 crianças somente um consegue se formar. Outro grande problema é a diferença dos índices de alfabetização entre os sexos, sendo 76,2% das mulheres analfabetas e 47, 4% dos homens analfabetos.

E olha que legal, em pesquisas, encontramos uma escola chamada "Escola Cristã Reobote", que é bem recente inclusive, iniciou-se as aulas em 01 de outubro de 2012 com 203 alunos distribuídos em 3 turmas de alfabetização, 2 turmas de 1ª classe, 1 turma de 2ª classe, 3ª classe e 4ª classe, totalizando 8 turmas que funcionam 4 no período matutino e 4 no vespertino.
As aulas iniciam com 30 minutos de devocional, nos primeiros 15 minutos fazem oração e adoração e no restante do tempo ministração da Palavra e memorização de versículos bíblicos. Essa prática tem deixado um bom testemunho nas comunidades da ilha, onde eles compartilham sobre a mudança de comportamento e caráter dos nossos alunos.
A escola conta com o apoio pedagógico e tem buscado a formação contínua e aperfeiçoamento dos professores.
Os alunos recebem uma alimentação diária - arroz, feijão, purê de batata, peixe ou kombé. A maioria deles consomem apenas essa alimentação durante o dia. A escola recebe o apoio da alimentação, mas isso ainda não é integral.

A situação dos alunos da nossa escola é de muita pobreza. A fome e os problemas de saúde são muito comuns. A maioria deles permanecem sozinhos na ilha com seus irmãos enquanto seus pais estão cultivando plantação de arroz em outra ilha, sendo assim, as crianças precisam buscar seu próprio alimento, cuidar de sua saúde e higiene.
Estamos pensando em ampliar o ensino no período noturno para alfabetização de adultos, pois há uma necessidade da ilha e os moradores já estão solicitando - mas para isso necessitamos de energia para o funcionamento da escola.
Nosso alvo é de ampliação de 4 classes para o próximo ano letivo, para atender a demanda, murar a escola para segurança.

"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado."




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